13/01/2009

EDUCAÇÃO HUMANA

EDUCAÇÃO HUMANA

AMIGOS, BOM DIA!!

Como Educador e Cidadão, sempre acabo por refletir sobre os mais diferentes temas e fatos que ocorrem diariamente em nosso país e no cotidiano como ser humano.
Hoje, pretendo discutir a questão dos assassinatos, aparentemente motivados pela paixão, notadamente aqueles eventos que ocorrem na passagem da adolescência para a etapa adulta da vida, envolvendo os jovens.
E por que afirmo que tais crimes são aparentemente motivados pela paixão entre as pessoas?
Porque parece-nos que outras motivações jazem ocultas e que é necessário um exame um pouco mais detalhado da questão.
A Educação e sempre a Educação, surge como a melhor trilha para desnudar inúmeras questões comportamentais, de valores e atitudes que nós, seres humanos, produzimos na dinâmica social.
E desde há muito, inúmeros especialistas das mais diferentes frentes de atuação profissional vinculadas às questões psíquicas e pedagógicas, apontam para o fato de que os jovens não são preparados para as derrotas, mas apenas para as vitórias. Ser capaz de vivenciar o insucesso como etapa natural da vida assume uma dimensão que os nossos jovens não são capazes de suportar, induzindo-os para alternativas totalmente dissociadas do potencial altruísta que trazemos ou que somos capazes de manifestar.
Porém, devemos lembrar que o desabrochar de tal potencial exige um ambiente educacional favorável ao despertar da criatividade, da imaginação, da subjetividade e da socialização de valores. E tal ambiente não deve ser produzido apenas nos ambientes escolares e acadêmicos. A família, como todos nós sabemos, é o primeiro espaço social no qual o ser humano é inserido, e que a partir daí, portanto, de acordo com o perfil familiar, as gerações crescem absorvendo e praticando valores que serão seus companheiros ao longo de toda a jornada da vida.
Um exemplo prático refere-se à dificuldade da juventude em lidar com o NÃO. Acreditem, mas na esteira da ausência da preparação para o insucesso, reside também a ausência em lidar com o não que surgem nos diálogos e nas decisões que permeiam as relações humanas em geral. E a combinação deste traço comportamental com a elevadíssima competição contemporânea, resulta em atos graves de violência, solidão e doenças psíquicas, onde parcela expressiva da juventude não tem conseguido bons resultados na travessia da adolescência para o mundo adulto.
E, enquanto adulto, o ser humano reedita tais dificuldades comportamentais, interferindo nas relações corporativas, pessoais e familiares, onde abismos entre as pessoas têm sido cada vez detectados. Infelicidade, depressão, não realização pessoal, desvios de comportamento e doenças acabam por serem geradas, promovendo graves consequências para todos nós.
A identificação com os aspectos materiais da vida que ocorre diante da falência da qualidade das relações humanas mais essenciais está entre as raízes de eventos tão graves destruidores da vida humana e da infelicidade.
Crescimento (enquanto trajetória permanente de superação dos próprios limites e transformação),
Perdão (enquanto autopercepção dos próprios limites),
Amor (enquanto o verdadeiro farol de positividade, alegria e realização) e
Amizade (enquanto energia saborosa de compartilhar com o outro os universos de cada um, integrando os limites e socializando as conquistas)
Tais ferramentas são desenvolvidas nos Ambientes Pedagógicos (família, escola, praça, rua, clube, trabalho) e deve ser o compromisso de cada um de nós exercer a CO-RESPONSABILIDADE IRREVERSÍVEL, princípio defendido por Augusto Cury, psiquiatra brasileiro, no qual cada um influencia e receber influências do outro, permanentemente. Estamos todos integrados e conectados por vários liames.
Precisamos praticar tais vertentes de existência eminentemente humana.

Alberto Rodrigues de Barros
Janeiro/2009

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