A beleza é uma dádiva do Divino
Que a todos inspira e encanta
Onde seus cantos formam uma espécie de hino
Inspirando a alma que logo se levanta
A manifestação é onipresente
Em linhas e cores de harmonia
Até mesmo aqueles que sofrem da mente
Encontram caminhos de sintonia
O impacto que a beleza provoca
Ao desavisado que a encontra
Tanta alegria que ela evoca
Deixa a pessoa relativamente tonta
A exuberância que ela também sugere
Faz com que as pessoas esqueçam qualquer mal
Ainda que a dor ou dúvida impere
Ela também nos lembra: o homem é celestial
Mas nesta manhã ensolarada
Ocorreu algo inusitado e belo
A disputa do sol e da amada
E a beleza foi o que fez o elo
Ao continuar a caminhada, sem orgulho
Cada ser descobre sua essência
Em cada salto, busca e mergulho
A beleza reaparece em inocência
Pois em cada ser humano jaz
A centelha de seu próprio ser
Ele jamais pode afirmar "tanto faz"
Pois seu mistério é ser belo e crescer
Assim, segue a pergunta
Por que o ser adia a sua viagem?
Pois em um simples ato ele refuta
A idéia divina de sua origem
E neste embate vivemos e sentimos
É desafio tão permanente e latente
Responder e perguntar, pois existimos
Transcendendo as armadilhas da mente
No alto da montanha se encerra
O reflexo mais primitivo da beleza
O encontro do sol com a serra
É um grande espetáculo, com certeza
E dentro de cada um, de cada ser, de nós
Também é possível encontrar, sem dor
E até mesmo através de nossa voz
Vislumbrar a luz divina que nasce através do amor
E quando deixamos o crescimento fluir
Aprendemos segredos como a da beleza
Que se revela no instante de sentir
Somos divinos, e esta é uma certeza.
19/01/2009
20/01/2009
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