15/01/2009

COMENTÁRIO À MATÉRIA “Gaza e a hipocrisia dos líderes mundiais”, da TRIBUNA DE MINAS DE 15/01/2009, ESCRITA PELO DOUTOR José Luiz Moreira Guedes.

Que o capitalismo está em crise, ninguém duvida. Mas na realidade, as causas da crise sempre estiveram expostas, pois os números divulgados pela comunidade financeira internacional que, por sua vez, é a mesma que se diz vítima da volúpia e insanidade dos investidores desavisados, sempre falaram em concentração de renda nos países mais ricos, na diferenciação sócio-econômica entre cidadãos de um mesmo país e entre os países, o ranking do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), entre outros dados.

Agora, com o conflito insano entre israelenses e palestinos, outra faceta do capitalismo, mais uma vez se revela.

O motor da economia americana da Era Bush (que felilzmente está no fim!) é o mesmo da economia de Israel. As indústrias bélica, da siderurgia e da construção civil estão por trás deste lamentável genocídio que marca o fim de 2008 e o início de 2009.


O capitalismo se revela aterrador ao evidenciar que a sua sustentação se apóia na máquina de guerra e na ação de destruição em massa de seres humanos.

A utilização de argumentos religiosos e de direitos históricos de ocupação do espaço geográfico da Palestina se desmancham como areia, pois a morte contabilizada de mais 1.000 pessoas não se justifica e não se explica, a não ser pelo viés de um sistema frio, calculista e que se multiplica em números, enquanto mata pessoas.

Sim, é verdade que o Brasil, no mesmo período do atual conflito do Oriente Médio, observa a morte de mais de 2000 pessoas. O assassinato diário de mais 140 brasileiros também deve chamar a atenção de todos os brasileiros. O nosso modelo de exclusão social e de reedição da concentração de renda, além da tradicional inércia do povo brasileiro, não nos permite tantas críticas ao que ocorre ao redor do mundo.

Mas o que ocorre na Palestina também agride, violenta e angustia, da mesma forma que a nossa lamentável realidade.

Temos que nos indignar e atuar contra toda e qualquer a ofensa à dignidade humana que ocorra em qualquer parte do mundo.

Temos que lutar efetivamente para varrer práticas insanas de desumanidade e de violação dos direitos eminentes humanos.

Temos que exigir ética e dedicação da classe política deste país.

Temos que evoluir, e muito.



Alberto Rodrigues de Barros
15/01/2009

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