22/09/2011

SER APENAS UM CANAL



Acordei ouvindo um lindo cantar
Pássaros em melodia de belo canto
Convidando para viver e estar
Em sintonia com a vida e seu encanto


O acontecer absoluto e total
Dos fatos, movimentos, respiração
A vida reconhecida como tal
Eleva a níveis mais altos desta dimensão


Abrir espaços em nosso interior
É o acontecer da vida plena
O Ser é o cenário do brotar da flor
Do cair da chuva, da paz suave e amena


Sem requisitos ou qualquer preparo
Tudo acontece total e simplesmente
Não podemos atuar sem o nosso faro
E deixar de saborear sem a mente


A sensação vivida em qualquer evento
Por mais simples que aconteça ou seja
Já é classificação da mente em seu intento
De descolorir o acontecer do ser que almeja


A sutileza da separação do fato que ocorre
De toda e qualquer sua interpretação
O permanente nascer de tudo e o que "morre"
É algo merece a nossa melhor atenção


A intensidade da essência em movimento
Desprovida de toda sua roupagem mental
Desnuda à superfície o amor e o entendimento
Viver cada ato é si é mesmo o fundamental


Provar o gosto do sem doce, do sem sal
O extremo do frio e do calor com naturalidade
Não classificar tanto o bem quanto o mal
Permite ir além do limite da causalidade


A alegria da escutar a continuidade do Om
A musicalidade do acontecer sem qualquer rito
A sensação de ser além e junto com cada som
A realização do Amor é viajar ao Infinito


Revela a unidade da Vida em essência
Pois o desejo é vazio de substância
É apenas impulso da impermanência
A ser vivido sem qualquer ânsia


O intervalo é possuidor do segredo
Presente em todo fato que acontece
É chave da extinção de qualquer medo
Desde o inicio do dia até quando anoitece


É esvaziar o conteúdo da mente
É permitir o acesso ao Ser Interior
É deixar sucessão de desejo somente
É experimentar a Vida em esplendor


Estar presente em todo processo
Acrescentando a melhor percepção
Brota alegria para vida e é o sucesso
A realização do Amor no coração


Neste instante agradeço ao Universo
Cada oportunidade de crescimento
De expressar o Ser nas letras deste verso
De expressar o Amor no firmamento!

11/09/2011

Pensar a partir do Ser Interior

Amanheci lendo uma pérola de originalidade humana. O texto Internet: Ditadura ou Democracia, do consultor de marketing William Barter, é magnífica oportunidade ofertada pelo autor para escutar o som das suas ideias, pois é exatamente no intervalo precioso delas, como nos inspira Rubem Alves em seu texto Escutatória, a perceber que algo precioso acontece quando estamos em certas condições. 

"Diz Alberto Caeiro que... não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade..."

E aqui parafraseio a ambos, pois não basta ter olhos e mente para ler e entender, seja nos livros, seja pelas ideias veiculadas pela internet. É necessário observar os intervalos entre as ideias, sejam estas veiculadas por que meio for. Pois os intervalos são as oportunidades de emersão do Ser através de emanações originais, nascidas da mais pura essencialidade humana e divina.

William, através de sua sensibilidade, soube trazer à tona distinção entre o valorizar a necessidade de pensar e o saber das informações enquanto fenômeno fundamental. Distinguir entre o que é informação enquanto repetição da criação e a idéia enquanto a arte de criar através da expressão do pensar é precioso para a humanidade, para os jovens e para o parto deste novo mundo que você se refere e que também percebo em claro processo de maturação.
 

E a primeira reação surgida após a leitura do texto foi exatamente a noção de como é mágico pensar, ousar pensar, ousar transcender o pensamento, ousar Ser.

E este pensar não é aquele produto da mente que produz segundo suas referências absorvidas do que é apresentado nas redes ou nas revistas ou no mundo externo.

Falo do pensar que provém do Ser mais profundo que percebo existir em mim e, quero crer em todos. Leonardo da Vinci foi muito feliz quando disse que a força humana mais poderosa é a imaginação. E que todo pensamento origina-se do sentimento. E percebo que este sentir de Da Vinci é algo que congrega a genialidade e a originalidade humana em todo o seu esplendor.

E o imaginar é exercício que vai além da mente comum. É aventura rumo ao desconhecido, aos territórios virgens da ausência do próprio processo mental de pensar ou dos parâmetros mais comuns do pensamento cartesiano, enquanto resultantes de elaboração ou reelaboração de referências preliminares. É romper os padrões do pensar científico e dar espaço para o pensar da alma ou a partir dela, das profundezas do Ser.

Quando se pensa a partir do Ser algo meio milagroso acontece, pois conseguimos experienciar uma profusa emanação de emoções, percepções, sensações, intuições e descobertas que perpassam o comum e abrem novas possibilidades do existir humano, onde a comunicação entre as pessoas se estabelece em novos patamares de identidades, onde a alegria de viver é celebrada de forma mais densa, criativa e celestial.

Neste cenário de espaços livres das amarras do já conhecido, o humano descobre que a liberdade e a democracia para escolher em todos os níveis da vida é algo muito mais prazeroso do que consumir produtos, serviços e prazeres, aqui se identificando a ditadura de comportamento coletivo padronizado.

O exercício do pensar a partir do Ser Interior permite uma reestruturação, releitura, reorganização, retomada e quantos outros “rês” formos capazes de alcançar, transcendendo a mesmice de seguir padrões de saberes veiculadas como verdades a serem praticadas, sem que o individuo, de fato, ouça a voz de sua razão interior para dirimir saberes, pensamentos e caminhos a serem desfrutados no exercício de sua própria vida.

A alegria da democracia do experienciar do silêncio da voz e do pensamento, como citado por Rubem Alves, que o pianista vivencia antes iniciar a execução da obra de um outro criador, é o momento que ele vai vivificar e criar o seu original olhar de uma obra já criada, e que irá agregar o seu sentir e viver a obra do outro, porém com sua assinatura pessoal e intransferível nascida do seu Ser Interior.

A magia de esvaziar a alma para receber o que vem de fora e, prioritariamente, o que vem de dentro de cada um de nós, é algo que nos confere a individualidade de criar consciências, de avançar para compreender o evidente e intuir o que ainda está oculto, é oferecer espaços de carinho e de respeito ao semelhante, de receber o outro em nossas vidas como originalidade de vida igual a si mesmo, promovendo assim a autêntica pororoca da humanidade que pode prover a nossa carência de pensadores.

Quando ocorre o encontro de pessoas que se expressam a partir do Ser Interior de cada uma delas, o mundo se transforma. As cores assumem mais densidade, os sons e a própria voz dos interlocutores assumem o indescritível papel de serem veículos de expressão de Vida, a apreciação das idéias originais de cada um e de pensadores, filósofos e escritores são revigorados, a criatividade e o imponderável são compartilhados de forma mais saborosa. E neste ambiente, de sincera entrega humana, o pensamento evolui, o conhecimento avança, a pesquisa inova e descobre (ou redescobre) e as conquistas humanas não perdem o essencial: sua especificidade de serem realmente humanas.

Ontem mesmo, ao participar como padrinho de casamento de um grande amigo e de sua linda esposa, conheci alguém que se expressa a partir do Ser. E não demorou muito tempo para que estivéssemos em verdadeira confraternização de vida. Caminhos percorridos, experiências vividas por cada um e conquistas adquiridas na lavra das dores e no sabor das alegrias, inspira a perceber que o fenômeno humano da amizade foi parido ali mesmo e, caso acreditemos em nossas intuições, um músico e um candidato a educador, podem criar e expressarem suas originalidades, trazendo mais humanidade através da alegria de estarmos vivos. E possivelmente, expressando esse material original em pensamentos, momentos e produções absolutamente humanas e, que porque não ousar dizer, em autênticos milagres de vida, é possível contribuir para a alegria, a educação e bem estar das pessoas, numa humanização peculiar e original.

E a novidade é que tal fenômeno pode ocorrer a qualquer um de nós, em qualquer espaço de tempo e lugar, pois o Ser Interior perpassa o tempo e as condições materiais. Basta ser cultivado e celebrado por cada interessado em ser o melhor que puder ser. E pode ser a partir do Agora.

05/09/2011

O agora que acontece é vida bastante


É tempo de um novo tempo
Tudo está em pleno acontecer
Que cada um tem seu intento
Para lapidar sua alma, o seu ser

E nesta nova vida que se inicia
E como não poderia deixar de ser
É necessário romper o que havia
É necessário o Ser para crescer

Uma nova vida dentro da atual
É o que está no acontecer
Realmente nada parece igual
Do que havia antes deste renascer

Relações e histórias tão intensas
Humanas em cada só seu suceder
Relações e histórias de tão densas
Que quase me fizeram perder

Felizmente as raízes de profundidade
Nascidas além desta pura dimensão
Trouxeram-me às aguas da realidade
Vibrando no entoar da linda canção

Palavras inexatas do bom senso
Reações estéreis em explosão
Por mais puro que seja e tão intenso
Por mais puro que seja o coração

As falas que falam do que é real
São verdades que expressam o Universo
As falas que falam do que é surreal
São presentes da alma em cada verso

O novo tempo em cada instante
É tempo que se acontece simplesmente
O Agora que acontece é vida bastante
É viver como se o Ser fosse a semente

O chamado passado que já foi vivido
Com sua genialidade do presente atual
É memória de vida de todo o acontecido
É a certeza de que nada será mesmo igual

Estamos todos vivendo como aventura
O desafio de viver o momento é bastante
Mesmo que pareça uma certa loucura
A vida é acontecer de tudo de forma incessante

Sem o tempo como invenção da mente
Que controla e aprisiona o ser humano
Agora é o transcender do passado e do recente
Que liberta o Ser do insano engano

Falar como a pura expressão
Não é a certeza da verdade
Por mais pura que seja a intenção
A Vida é inteira e não a metade

Ter o outro como reflexo que espelha
É privilégio dos seres que estão despertos
O amor é a luz que como centelha
Ilumina os seres para caminhos abertos

Neste novo tempo da velha leveza
Desfrutada em passados anos
É pureza do amor com toda a certeza
Que ilumina o aprender dos enganos

Realmente não há a menor razão
De estar atado ao que já passou
É  novo tempo de todo o coração
É  novo tempo do amor que chegou!

23/08/2011

PROVISÓRIO

A minha relação com a Dança Contemporânea se confunde com a amizade verdadeira entre pessoas, de seres que se gostam de verdade, no melhor estilo humano.

Sylvia Regina Rehe, amiga e professora deste estilo questionador, foi quem, ao longo dos anos, inciou-me nos caminhos que me levaram a conhecer estilo.

No início surpresa, incompreensão, perplexidade. A seguir, curiosidade, emoção, desafio, novidade, intensidade, densidade, criatividade e descoberta.

Assisti várias apresentações, sempre convocado ou intimado pela Sylvia, Tuca. E aos poucos, transcendendo os valores instalados na mente, fui desburocratizando a percepção bem naturalmente e, de certa forma, sem mesmo perceber.

E hoje, na verdade, neste domingo, algo genial se passou ao assistir Provisório, de Milene Pimentel.

E esta genialidade experienciada tentei traduzir nas palavras a seguir.

E só tenho a dizer, obrigado, obrigado, obrigado.

Para Sylvia e seu Inércia Zero, que conta também com Ricardo e Léo, a quem rendou minhas sincera homenagens por tantos bons momentos de reflexão, inflexão e flexão, além de aprendizagens e percepções.

E agora, Milene Pimentel que com seu Provisório, parece inaugurar em mim o Permanente desafio de assistir a Dança Contemporânea, o desafio de senti-la em sua plena provocação e tentar, e já sem que sem conseguir, expressar seu significado mais pleno.



PROVISÓRIO AGOSTO

Milene, eu adoro a dança e a partir deste tanto gostar e da minha tentativa de visão de educador é que expresso como vivenciei o Provisório.

Inicialmente, o impacto do cenário com o elemento jornal proporcionado a ideia de uma moldura para a dança em si.
...
O jornal é uma linguagem que traduz do existir de um tempo, do tempo e ao longo do tempo. Este é o tempo do agudo movimento, da intensidade do acontecer e da densidade do deslocamento.

Tudo está muito significativo. E sob pressões nem sempre tão significativas como trazidas pelo jornal que, também estando cobrindo o chão do palco e que foi pisado e rasgado, expressa a possibilidade de se reescrever a vida sobre os fatos já vividos. E isso é genial. Sugere a permanente ação do homem de organizar e reorganizar sua vida, com a mudança de posição no cenário, e isso é pura vida.

O sincronismo do passo revela a possibilidade do agir em grupo e harmonia, ao mesmo tempo em que a inventividade do passo de cada um esteve preservada, lembrando que a identidade é algo essencial, pois está o original que existe em cada um de nós.
...

Provisório revela a transitoriedade da vida pelos passos em evolução no espaço, onde a realização pode não estar completa em si, mas nem por isso existe menos vida neste contexto.

Provisório comunica que sempre é possível o apreciar do movimento estético, sem crítica ou censura, deixando livre a expressão da intuição neste mundo tão previsível de padrões e comportamentos.

Provisório é o encontro de estilos e de bailarinos de diferentes idades de forma madura, todos construindo um acontecer de expressão do exercício da vida, de forma simples e consistente. Todos jovens que se agigantaram e que deram um colorido muito especial.

A reflexão de comportamento e de atitude sugerida pode incomodar todo aquele que está “consciente” que vivemos num tempo de organização e reorganização permanentes.

 E este movimento presente no elemento é convite para sairmos da zona de conforto e atuar mais e melhor, de ser um e, em sendo um inteiro, é humano estar ao lado do outro, fazendo o lindo mosaico coletivo da expressão humana no desafio da contemporânea existência.

Os bailarinos e o figurino deram riqueza e mais vida a vida refletida e reflexionada, pois também tivemos teatro e muita representação. Voz e expressões!

Simplicidade, objetividade, beleza, leveza e reflexão!

Adorei o Provisório Agosto, pois ele deixou aquela saborosa vontade de quero mais, de muito mais.

Parabéns a todos!

O interessante é que as palavras, em várias oportunidades, não conseguem traduzir tudo que o ser é capaz de captar na experiência vivenciada. E realmente não alcança mesmo, pois parece que fica algo sem ser abordado.

A sensibilidade esteve presente.
...
Na escolha do cenário, dos dançarinos, da coreografia, dos detalhes, nos movimentos, nos passos e mudanças de ritmos.

E não esquecendo a sonorização que sugeriu o inusitado, o desafio de ser contemporâneo de si e em si mesmo, junto com o outro, sons que provocaram a imaginação do que iria acontecer.

Sons que nos rodeiam, nos embalam no dia a dia e que nem sempre nos damos conta. Parabéns, Fred Fonseca, este talento e virtuoso humano, da música, das notas, dos instrumentos e possuidor de profunda sensibilidade e alegria.

E já aguardo a próxima criação.

Beijos na alma.

16/07/2011

“Nós educamos os filhos para que eles usem drogas”

“Nós educamos os filhos para que eles usem drogas”
Em entrevista, o psiquiatra Içami Tiba redefine os papéis de pais e de educadores e alerta para os perigos da “cultura do prazer”
Camila de Lira, iG São Paulo | 14/07/2011 07:35
Uma pergunta que nunca sai – ou ao menos nunca deveria sair – da cabeça de pais e professores é “como educar as crianças de verdade?”. Autor de livros como “Adolescentes: quem ama educa!” e “Disciplina: Limite na Medida Certa” (ambos da Editora Integrare), o psiquiatra Içami Tiba responde esta e outras questões relacionadas à educação em seu novo livro, “Pais e Educadores de Alta Performance” (Editora Integrare).

Içami Tiba: "os pais devem exigir que seus filhos façam o que é necessário"
Com 43 anos de experiência em consultório, Içami alerta os pais para os perigos da cultura do prazer. “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas”, comenta, avaliando a atitude de pais que oferecem tudo sem exigir responsabilidade em troca. Para ele, a família é a principal responsável pela formação dos valores e não deve jogar esse papel para a escola. Mas as escolas, por terem um programa educacional organizado, podem guiar os pais. Leia a entrevista com o autor.

iG: Qual a responsabilidade dos pais e qual a dos educadores na educação das crianças?
Içami Tiba: A família continua sendo a principal responsável pela educação de valores, mas é importante que haja uma parceria na educação pedagógica. As crianças viraram batatas quentes: os pais as jogam na mão dos professores, os professores devolvem. Pais precisam ser parceiros dos professores. Quem tem que liderar a parceria, no começo, é a escola, pois tem um programa mais organizado. Com a parceria, ambos ficam fortes. Os pais ficam mais fortes quando orientados pela escola.
iG: O que é mais importante na educação de uma criança?
Içami Tiba: É exigir que ela faça o que é necessário. Os pais dão tudo e depois castigam os filhos porque estes fazem coisas erradas. Mas não é culpa dos filhos. Afinal, eles não querem estudar porque estudar é uma coisa chata, mas alguma vez ele fez algo que é chato em casa? No final, a criança estica na escola aquilo que aprendeu em casa. A educação é um projeto de formar uma pessoa com independência financeira, autonomia comportamental e responsabilidade social.
iG: Como os pais podem educar bem seus filhos? Qual o segredo?
Içami Tiba: Um pai de verdade é aquele que aplica em casa a cidadania familiar. Ou seja, ninguém em casa pode fazer aquilo que não se pode fazer na sociedade. Os pais devem começar a fazer em casa o que se faz fora dela. E, para aprender, as crianças precisam fazer, não adianta só ouvir. Elas estão cansadas de ouvir. Muitas vezes nem prestam atenção na hora da bronca, não há educação nesse momento. É preciso impor a obrigação de que o filho faça, isso cria a noção de que ele tem que participar da vida comunitária chamada família.
iG: No livro, o senhor comenta que uma das frases mais prejudiciais para se falar para um adolescente é o “faça o que te dá prazer”. Por quê?
Içami Tiba: O problema é que essa frase passa apenas o critério de prazer e não o de responsabilidade. Nós queremos que nossos filhos tenham prazer sem responsabilidade. Por isso eles são irresponsáveis na busca deste prazer. E o que é uma droga, senão uma maneira fácil de se ganhar prazer? A pessoa não precisa fazer nada, apenas ingeri-la. Nós educamos os filhos para que eles usem drogas. Se ele tiver que preservar a saúde dele, pensa duas vezes.
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Foto: Divulgação Ampliar
Capa do livro "Pais e Educadores de Alta Performance"
iG: Por que você acha que alguns pais não ensinam os filhos a ter responsabilidade?
Içami Tiba:
Não ensinam porque não aprenderam. Estes pais querem ser amigos dos filhos e isso não faz sentido. Provedor não é amigo.

iG: Por que o pai não pode ser só amigo ou só provedor?
Içami Tiba: Não pode ser amigo porque pai não é uma função que se escolhe, e amigos você pode escolher. O filho é filho do pai e tem que honrar os compromissos estabelecidos com ele. Um filho não pode trocar de pai assim como troca de amigo, por exemplo. Por outro lado, o pai que é unicamente provedor, como eram os de antigamente, também não dá uma educação saudável ao filho, afinal ele apenas dá e não cobra. Pai não pode dar tudo e não controlar a vida do filho. Quando digo controle, quero dizer que o pai deve fazer com que o filho corresponda às expectativas, que o filho faça o que precisa ser feito. Um filho não pode deixar de escovar os dentes ou de estudar e o pai não pode deixar isso passar.
iG: Como a meritocracia pode ajudar na criação?
Içami Tiba: O mundo é meritocrata, os pais se esqueceram disso. Ganha-se destaque por alguma coisa que a pessoa fez; se não mereceu, logo o destaque se perde. Dar a mesma coisa para o filho que acertou e para o que errou não é bom para nenhum dos dois. É preciso ser justo. Os pais precisam aprender a educar, não dá para continuar achando que apenas porque são bonzinhos vão ser bons pais. Não adianta muito um cirurgião apenas amar seu paciente; para fazer uma boa cirurgia é preciso ter técnica. É a mesma coisa com os pais.
iG: Amor e educação combinam com disciplina?
Içami Tiba: Disciplina é a coisa que mais combina com a educação. É uma competência que você desenvolve para atingir o objetivo que quer. Se você ama alguém, tem que ter disciplina. Os pais precisam fazer com que os filhos entendam que eles têm que cumprir sua parte para usufruir o amor. Os pais precisam exigir.
iG: Como exigir sem agressividade?
Içami Tiba: O exigir é muito mais acompanhar os limites, aquilo que o filho é capaz de fazer. Não dá para exigir que ele vá pendurar roupas no armário se ele não pode arrumar uma gaveta. Por outro lado, os pais não podem fazer pelos filhos o que eles são capazes de fazer sozinhos. A partir daí, quando se cria uma segurança, a exigência começa a fazer parte da convivência. Essa exigência é boa. O pai não pode sustentar e não receber um retorno. É como se ele comprasse uma mercadoria e não a recebesse.
iG: No livro, o senhor diz que todos somos educadores. Como podemos nos portar para educar direito as outras pessoas?
Içami Tiba: Você quer educar? Seja educado. E ser educado não é falar “licença” e “obrigado”. Ser educado é ser ético, progressivo, competente e feliz.

15/07/2011

COMPARTILHANDO POSSIBILIDADES DE REFLEXÃO.

http://pistasdocaminho.blogspot.com/2011/07/2012-e-o-fim-do-mundo-por-eckhart-tolle.html

ECKHART TOLLE É AUTOR DO LIVRO O PODER DO AGORA.

CREIO QUE PODERÁ CONTRIBUIR PARA O APRIMORAMENTO DE CADA UM DE NÓS.

SAUDAÇÕES FRATERNAS.

11/07/2011

Como a classe média alta brasileira é escrava do “alto padrão” dos supérfluos

Prezados Amigos de reflexão,

Após uma temporada muito rica vivida na Espanha, retomo as atividades para compartilhar ideias, emoções, experiências e subjetividades.

Reproduzo um texto recebido por e-mail no qual, coincidentemente, aborda a experiência de uma vivência de um casal da classe média brasileira na Espanha e interessantes peculiaridades, em narrativa de sua própria filha.

Digo coincidentemente, pois eu mesmo tive a oportunidade de vivenciar experiências semelhantes em terras espanholas e catalanas.

Desejo boa leitura e boa reflexão para todos nós, pois precisamos mesmo repensar nossos valores e perspectivas, neste mundo tão dinâmico e sistêmico, e que estar a exigir permanente avaliação do nosso existir.

Saudações humanas a todos.


Como a classe média alta brasileira é escrava do “alto padrão” dos supérfluos
Nossa convidada de hoje da seção Mulheres no Mundo.
Adriana Setti

No ano passado, meus pais (profissionais ultra-bem-sucedidos que decidiram reduzir o ritmo em tempo de aproveitar a vida com alegria e saúde) tomaram uma decisão surpreendente para um casal – muito enxuto, diga-se – de mais de 60 anos: alugaram o apartamento em um bairro nobre de São Paulo a um parente, enfiaram algumas peças de roupa na mala e embarcaram para Barcelona, onde meu irmão e eu moramos, para uma espécie de ano sabático.
Aqui na capital catalã, os dois alugaram um apartamento agradabilíssimo no bairro modernista do Eixample (mas com um terço do tamanho e um vigésimo do conforto do de São Paulo), com direito a limpeza de apenas algumas horas, uma vez por semana. Como nunca cozinharam para si mesmos, saíam todos os dias para almoçar e/ou jantar. Com tempo de sobra, devoraram o calendário cultural da cidade: shows, peças de teatro, cinema e ópera quase diariamente. Também viajaram um pouco pela Espanha e a Europa. E tudo isso, muitas vezes, na companhia de filhos, genro, nora e amigos, a quem proporcionaram incontáveis jantares regados a vinhos.
Com o passar de alguns meses, meus pais fizeram uma constatação que beirava o inacreditável: estavam gastando muito menos mensalmente para viver aqui do que gastavam no Brasil. Sendo que em São Paulo saíam para comer fora ou para algum programa cultural só de vez em quando (por causa do trânsito, dos problemas de segurança, etc), moravam em apartamento próprio e quase nunca viajavam.
Milagre? Não. O que acontece é que, ao contrário do que fazem a maioria dos pais, eles resolveram experimentar o modelo de vida dos filhos em benefício próprio. “Quero uma vida mais simples como a sua”, me disse um dia a minha mãe. Isso, nesse caso, significou deixar de lado o altíssimo padrão de vida de classe média alta paulistana para adotar, como “estagiários”, o padrão de vida – mais austero e justo – da classe média europeia, da qual eu e meu irmão fazemos parte hoje em dia (eu há dez anos e ele, quatro). O dinheiro que “sobrou” aplicaram em coisas prazerosas e gratificantes.
Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe média europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de gasolina com as próprias mãos. É o preço que se paga por conviver com algo totalmente desconhecido no nosso país: a ausência do absurdo abismo social e, portanto, da mão de obra barata e disponível para qualquer necessidade do dia a dia.
Traduzindo essa teoria na experiência vivida por meus pais, eles reaprenderam (uma vez que nenhum deles vem de família rica, muito pelo contrário) a dar uma limpada na casa nos intervalos do dia da faxina, a usar o transporte público e as próprias pernas, a lavar a própria roupa, a não ter carro (e manobrista, e garagem, e seguro), enfim, a levar uma vida mais “sustentável”. Não doeu nada.
Uma vez de volta ao Brasil, eles simplificaram a estrutura que os cercava, cortaram uma lista enorme de itens supérfluos, reduziram assim os custos fixos e, mais leves,  tornaram-se mais portáteis (este ano, por exemplo, passaram mais três meses por aqui, num apê ainda mais simples).
Por que estou contando isso a vocês? Porque o resultado desse experimento quase científico feito pelos pais é a prova concreta de uma teoria que defendo em muitas conversas com amigos brasileiros: o nababesco padrão de vida almejado por parte da classe média alta brasileira (que um europeu relutaria em adotar até por uma questão de princípios) acaba gerando stress, amarras e muita complicação como efeitos colaterais. E isso sem falar na questão moral e social da coisa.
Babás, empregadas, carro extra em São Paulo para o dia do rodízio (essa é de lascar!), casa na praia, móveis caríssimos e roupas de marca podem ser o sonho de qualquer um, claro (não é o meu, mas quem sou eu para discutir?). Só que, mesmo em quem se delicia com essas coisas, a obrigação auto-imposta de manter tudo isso – e administrar essa estrutura que acaba se tornando cada vez maior e complexa – acaba fazendo com que o conforto se transforme em escravidão sem que a “vítima” se dê conta disso. E tem muita gente que aceita qualquer contingência num emprego malfadado, apenas para não perder as mordomias da vida.
Alguns amigos paulistanos não se conformam com a quantidade de viagens que faço por ano (no último ano foram quatro meses – graças também, é claro, à minha vida de freelancer). “Você está milionária?”, me perguntam eles, que têm sofás (em L, óbvio) comprados na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, TV LED último modelo e o carro do ano (enquanto mal têm tempo de usufruir tudo isso, de tanto que ralam para manter o padrão).
É muito mais simples do que parece. Limpo o meu próprio banheiro, não estou nem aí para roupas de marca e tenho algumas manchas no meu sofá baratex. Antes isso do que a escravidão de um padrão de vida que não traz felicidade. Ou, pelo menos,não a minha. Essa foi a maior lição que aprendi com os europeus — que viajam mais do que ninguém, são mestres na arte dosavoir vivre e sabem muito bem como pilotar um fogão e uma vassoura.
PS: Não estou pregando a morte das empregadas domésticas – que precisam do emprego no Brasil –, a queima dos sofás em L e nem achando que o “modelo frugal europeu” funciona para todo mundo como receita de felicidade. Antes que alguém me acuse de tomar o comportamento de uma parcela da classe média alta paulistana como uma generalização sobre a sociedade brasileira, digo logo que, sim, esse texto se aplica ao pé da letra para um público bem específico. Também entendo perfeitamente que a vida não é tão “boa” para todos no Brasil, e que o “problema” que levanto aqui pode até soar ridículo para alguns – por ser menor. Minha intenção, com esse texto, é apenas tentar mostrar que a vida sempre pode ser menos complicada e mais racional do que imaginam as elites mal-acostumadas no Brasil.

05/05/2011

O ATO DE EDUCAR

Agressões de alunos aos professores ou aos trabalhadores da Educação é algo corriqueiro, crônico e grave. Seja em qualquer nível, é sempre necessário refletir sobre o ato de Educar.

Educar é compartilhar vida, é despertar valores, é iluminar os jovens sobre o respeito a si mesmo e ao outro, a importância e o significado da vida, sobre a especificidade do fato que a espécie somente se humaniza através da Educação. Filhos aprendem com exemplos dos mais velhos. E jovens têm aprendido, pois a sociedade está ensinando o materialismo, o consumismo, a violência como fato natural e do dia a dia, a desagregação familiar, o egoísmo e o egocentrismo.

Educar é estar junto, é dividir, é demonstrar aos jovens que cada um é essencial na vida, que a diferença é algo natural, que devemos nos preparar para a aventura de estar vivo e criar momentos de positividade, de construir junto com o outro. Demonstrar a eles que ética é comportamento que gera resultados de alegria, de bem estar e de conquista de novos horizontes, de valorização da vida e sua preservação. Educar é ser exemplo de amor e que este é a essência da emoção humana e que ele é Vida.

Educar é despertar a estética da alma, é deixar de lado a estética da forma, a estética do corpo, a estética da imagem. É motivar para a vida, para a construção de caminhos altruístas, é desmitificar o ego.

É acompanhar o experienciar das descobertas, o dilatar das fronteiras do ser, é ser companheiro do jovem, é ser exemplo de Amor, é ser verdadeiro e humano.

12/03/2011

MUDANÇAS COM AMOR!

Os livros sagrados anunciam
Previsões ancestrais indicam
Mudanças que todos temiam
Dores que se multiplicam

A alteração da vida na Terra
De sua qualidade e teor
É realidade que em si encerra
Estamos disperdiçando o amor

Vibrações de baixa rotação
De energias bem negativas
Circulam em torno do coração
Trazendo mudanças decisivas

Ao homem foi tudo disponibilizado
Pluralidade de recursos naturais
O homem seduzido e bestializado
O materialismo gera seres desiguais

A natureza parece estar irritada
Com práticas de baixos valores
Humanidade errante e equivocada
É a responsável por tantas dores

Diante do consumo insaciável
Diante da destruição da natureza
Diante da política tão miserável
Diante do homem e sua incerteza

A harmonia natural é rompida
O homem se revela perdido
Avareza atual tão desmedida
O homem se revela sem sentido

Olhando o seu individual conforto
Cercado de tanta tecnologia
O homem se revela como morto
Envolvido em sua teia de hipocrisia

A realidade global da indiferença
Sem valores espirituais estáveis
Radicaliza a fé e a própria crença
Gerando seres relativos e lamentáveis

Educamos para o consumo
Preparamos para o trabalho
Fabricamos seres sem prumo
Fechamos o caminho e o atalho

O desenvolvimento em vigor
De base essencialmente material
É a origem de tanta e tamanha dor
Estamos distante da vida celestial

A interrupção deste processo
Com mudança de atitude espiritual
Conduz à paz, à luz e ao sucesso
Reacende a fraternidade universal

O olhar mais puro e vertical
E o desenvolvimento da consciência
Atuam para a diminuição do mal
Atuam para a renovação da essência

Inspiração de práticas reais
Do desenvolvimento integral
O resgate de práticas ancestrais
O homem deve ser mais natural

O desenvolvimento sob outro olhar
A partir da vida em sua simplicidade
Motiva a confiança do humano caminhar
Estimula o reencontro da nossa identidade

O prazer do resultado do serviço
De entregar ao outro a sua verdade
É uma espécie do mellhor do feitiço
É possível transformar a humanidade

Não conseguindo sua fúria frear
O ter dominando totalmente o ser
O homem está a se perguntar
O que será que vai realmente acontecer?

As mudanças estão à luz do dia
No homem, no espaço e no ar
A destruição que não sacia
Que a tudo e todos está a afetar

É tempo de revalorização do ser
De maior proximidade interior
Pois tudo muda com o acontecer
E podemos mudar com mais amor!

08/03/2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER - 2011

Terceira tentativa de homenagem
Do Dia Internacional da Mulher
Destaco a natureza de sua coragem
Para viver tudo o que vier

A força do universo feminino
Ressalta a coragem da mulher
Para enfrentar o machismo tão felino
Que faz do homem um ser qualquer

Traços desta autêntica impostura
É a mulher absurdamente coisificada
Apenas percebida em sua cintura
Triste realidade que é identificada

Felizmente os tempos já evidenciam
Importantes mudanças de comportamento
Extirpando práticas vis que haviam
Avançamos muito até o presente momento

Neste Dia da Mulher de dois mil e onze
Olhando esta triste realidade
Ao homem vai uma medalha de bronze
O homem tem que melhorar sua qualidade

Mulheres do Velho Continente
Mulheres da América do Sul
Mulheres do Extremo Oriente
Mulheres da Austrália tão cool

Femininas de todas as partes
Seres com tantas peculiaridades
Vibrem no amor, na paz, nas artes
Seres arco-íris de ricas identidades!

05/03/2011

VALORES NA CONTEMPORANEIDADE

Que cada um segue seu caminho
Na trajetória de plena evolução
É verdade presente em pergaminho
É a natureza do espírito em lapidação

O existir da vida em sua manifestação
Permite ao ser em sua caminhada
Transformar por completo o coração
Para desenvolver melhor sua jornada

Percebo a força do ego na mente
Tão nítida que aos olhos ofusca
Dos seres perdidos simplesmente
Junto ao seu ego, distante da busca

A busca nada mais é em verdade
A identidade do ser com seu interior
A distância de si é dor que tanto arde
A fantasia ilude mas nada substitui o amor

Neste mundo de aprendizagem
A essência é a matéria prima
DNAs em coletiva viagem
Identidades fluindo por esta rima

"Fatos são amores
E não boas razões"
Amor são as flores
Verdades nos corações

Por mais que a palavra dita
Expresse nobreza do ser
A emoção que foi mal retida
Gera profundo entristecer

Os fatos são a total realidade
Por mais que tanto ou não se fale
Evidências que desnudam a totalidade
Diante da verdade, é melhor que se cale

A humildade é energia que ilumina
As falhas presentes em nossas ações
A consciência é porta que germina
A admissão de erros e suas distorções

O ser humano é entidade infinita
Plural em toda sua dimensão
É a criação fluindo que se agita
Vibrando no interior de cada coração

Não se deve impedir ou cercear
A ocorrência de qualquer emoção
O sentir é vida que não se deve bloquear
É a humanidade em rota de evolução

A atual afetividade globalizada
São tempos de tamanha modernidade
A densidade do amor é menosprezada
A verdade é questão de relatividade

Lembrando o significado do respeito
Tão ausente em várias situações
Para alguns não tem mesmo jeito
Frieza pura tomou seus corações

Sem saber como cultivar gente
Atuam como seres destemidos
Desrespeitando pessoas e infelizmente
Perdidas em seus próprios sentidos

Argumentam com sua eloquência
Seduzindo com sua personalidade
Envolvendo com impureza a inocência
Demostrando a sua verdade

Sabemos que a primavera
Na beleza colorida de suas flores
Esconde espinhos pequenos e ferozes
Pode afetar o mais profundo dos amores

Para evitar tamanha distorção
É indispensável a sinceridade
Ao lado da verdade em cada ação
Faremos uma melhor humanidade

A coragem é força que abre
Caminhos novos no desconhecido
Abrindo trilhas como um sabre
E respeitando tudo que foi vivido

É uma discussão de nosso ego
Quando se luta o combate perdido
Nestas linhas que ora lhe entrego
Já se foi a dor do oculto recebido

O essencial que ao final se afigura
É como o caminho é construído
Com inclinação para a vida mais pura
Ou ações de quem não tem aprendido

É mágica a magia da vida
É cada novo momento pioneiro
É oportunidade da energia aprendida
É oportunidade de ser por inteiro!

15/02/2011

RESGATE E PRESERVAÇÃO DO CRIATIVO

Em um dos livros de aprendizagem
Desses que ensinam conhecimentos
Aprendi a vida como uma grande viagem
União evolutiva de cada um dos momentos

Mas foi na ação prática e incerta
Do encontro do ser com a experiência
Que descobri a importância da alma aberta
Para evoluir desde a nossa essência

Para a verdade não ser ofuscada
Necessário é desmitificar o ego
Compreendendo a mecânica da mente atada
Essa poderosa força que nos sufoca, não nego

Uma manifestação puramente egóica
São os argumentos precários que não explicam
A pessoa se sente como heróica
Pois fatos significam menos para os que coisificam

Tudo está em mudança permanente
E disso muitos se dizem conscientes
E para as pessoas que são realmente
As mudanças são sentidas em todas vertentes

Para aqueles que apenas se aventuram
Em argumentar sobre os fatos parcialmente
Criam valores como verdades que perduram
Uma eternidade causando problemas para a gente

Mais cedo ou mais tarde podem perceber
Algo de natureza bem simples, é singelo
A importância da vida em todo acontecer
Prazer e dor, claro e escuro, como tudo é belo

Esta simples percepção da existência
Não exige prévia análise ou preparo
Apenas a preservação da inocência
Algo que está infelizmente bem raro

Encontro mágico de almas puras
Passível em todas as relações
Repercutiria nas gerações futuras
Com seres de mais humanas convicções

Neste modelo de convivência social
O material ocupa espaço relevante
Atmosfera fria de violência tal
Que esmaga o valor da vida na mente

Prevalecendo o concreto como referência
Desumanizamos nossas expressões
Externamos precariamente nossa essência
Julgamos incoerentemente sem boas razões

Já somos seres naturalmente individuais
Percorremos cada um seu próprio caminho
Mas, ora em conjunto, vivemos momentos geniais
Mas, ora em conjunto, carecemos carinho

As durezas de cada aprendizagem
Ficam mais potentes quando compartidas
Fazendo um lindo colorido onde a viagem
É explosão de cada ser dentro nossas vidas

Ser consciente é tamanho desafio
Unir a grandeza e a simplicidade
Em atos produzidos pelo divino fio
Integrando a todos como humanidade

Compartilho com o seu ser, prezado leitor
Te peço esta elevada concessão
Deixe a mente e ative seu Ser Superior
Flua a partir do seu coração

Olhe com delicadeza o que acontece
Pessoas, fatos, cenários, experiências
Nada realmente permanece
As mudanças são naturais em nossas existências

Ampliamos o nosso interior
Trocando ou não de espaço
Por isso mesmo, seja como for
Vivamos nossa essência em nosso compasso

É nesta integração absoluta
Do ser dentro do humano coletivo
Unimos nossos seres nesta labuta
Do resgate e preservação do criativo!

18/01/2011

TRAGÉDIA DE JANEIRO DE 2011

Que tão dura esta tragédia
Mais um golpe no coração
Tristeza profunda sem estratégia
Minuto de silêncio para cada irmão

Estamos na era da tecnologia
Vivendo na onda cibernética
Mas saudosos da era da filosofia
Reflexões de uma sociedade mais ética

Ou talvez sem todo este aparato
Não percebíamos com tanta nitidez
Nossa maior miséria não está no prato
E sim em nossa própria pequenez

Pois esta mesma tecnologia inovadora
Que nos conecta com tanta velocidade
É insuficiente para a mente conservadora
Mudar para atuar de fato para a sociedade

As áreas de risco identificadas
Pessoas vivendo em perigo visual
Elite e gerações de políticos caladas
Pessoas morrendo em perigo real

Tudo para o capital, pouco para o cidadão
É o pensamento hegemônico, dominante
Deixando a sociedade de pires na mão
Mergulhada na dor da morte tão asfixiante

Construções em cima de um lixão
E agora, outra tragédia, de terra descendo
Sobre a vida da nossa população
Por que tudo isso está acontecendo?

Este modelo que concentra a renda
Que valoriza a estética e o consumo
Reduz a vida ao tamanho de uma fenda
A sociedade está nitidamente fora do prumo

A natureza foi forte em sua expressão
É resultado da ação antrópica sem norte
De um homem pressionado e sem diapasão
Sem valor, sem o essencial, entregue à sorte

Desvio da ajuda solidária e tão preciosa
Aumento de preços nesta triste ocasião
Reflexos de alma carente de valores, ociosa
Exploradora da morte do pai, da mãe, do irmão

O cidadão precisa despertar e perceber
Que devemos estar ainda mais unidos
Valorizar a vida não é apenas saber
É atuar para a criação de novos sentidos

A Politica escrita desta forma
Só existe com a ativa cidadania
Praticada integralmente como "norma"
É o Estado e Cidadão em sintonia

Na base desta sintonia cidadã
Ética, justiça, saúde e educação
Fora esta distribuição de renda anã
Muita atitude proativa do cidadão

Somos um povo fraterno e solidário
Voluntários atuando em cadeia
Unidos na esperança e fazendo o necessário
Amor espontâneo que nos incendeia

Somos um povo solidário e fraterno
Temos alma dilatada em sensibilidade
Peço que a política eleita e de terno
Tenha compromissos reais com esta sociedade

Ampliar a capacidade profissional
Priorizar a humanização do Estado
Serviço público com este diferencial
Diminui-se o caos como este anunciado

Esta profunda segregação social
Lastreada no poder da economia
Encontra na morte o sabor do igual
Morrem o rico e o pobre, triste ironia

Priorizando a Educação, efetivamente,
Valorizando o professor em seu papel
Criando um novo espaço realmente
Educação em valores humanos no painel

A partir do nosso ser interior
Nossas crianças terão um novo teor
Inspirados na literatura do amor
Poderemos estar mais longe de tanta dor

A valorização total da vida
É a orientação a ser adotada
Em cada decisão produzida
Em cada ação implementada

Mudemos o ponto de vista
Cambiemos o como fazer
Sejemos cada um o ativista
Coloquemos o amor no acontecer

É o amor a energia da realização
No encontro de um com seu ser
No encontro dos seres em união
É o amor a energia do divino acontecer

Que o Divino receba cada um que partiu
Com energias de acolhimento e de amor
Que a solidariedade deste imenso Brasil
Seque a lágrima e amenize tamanha dor!

09/01/2011

Lápis Lazúli

Companheiros de reflexão,

Recebi este e-mail sem autor.
E devido ao seu conteúdo, aqui divulgo.

Saudações a todos,

Alberto.

Lápis Lazúli
A PEDRA DO ANO DE 2011


O ano de 2011 tende a ser um ano mais calmo. Uma nova maneira de ser da ordem mundial já está silenciosamente, se alterando. A realidade está mudando, e com ela pedindo que nós, de maneira individual, possamos compreender e mudar também.

Após todas as "intempéries" de um ano do Tigre de Metal, uma pausa. Este será um ano para acalmar e colocar a casa em ordem, com trabalho, organização, estruturação e algum esforço, afinal sem disciplina e direcionamento não iremos entender o que está realmente vibrando. É um ano de construir e solidificar uma nova consciência sobre tudo que nos cerca, de despertarmos para um novo momento, onde a busca pelo "o que realmente importa", dentro de nós, está batendo a nossa porta.

Na numerologia será um ano 4. Um ano de muito trabalho, organização e estruturação que exigirá de nós um esforço incansável em nossa contribuição com o "todo". Um ano 4 também nos traz certas restrições, mas por outro lado mais controle e planejamento de todos os passos que iremos caminhar.

Na Astrologia Chinesa este será um ano do Coelho de Madeira. Um ano calmo, pacifico, com muita tranqüilidade, onde a diplomacia será o meio de sobrevivência, aprendendo a fazer concessões, a dar e receber, mas com um sentido de dever acentuado e muita responsabilidade. O gosto pela beleza e o admirar com sabedoria. No aspecto negativo, tenderemos a fazer concessões exageradas "para não brigar", com certa permissividade, e também, haverá o risco de uma boa dose de estagnação pelo excesso de quietude. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio, pois o coelho sabe "contornar" as adversidades.

Na Astrologia, será um ano de Mercúrio, regente dos signos de Gêmeos e Virgem. Mercúrio rege a inteligência, a capacidade intelectual de pensar, elaborar, analisar, discernir e também de comunicar. Será um ano onde a habilidade em falar, se expressar, aprender e trocar serão muito valorizadas. A clareza da mente e a fluência verbal, aliados ao raciocínio rápido irão ser a tônica deste regente. Então, vamos colocar nossas habilidades à mesa!

A correspondência Angelical de Mercúrio estará associada à proteção do Arcanjo Mikael ou Miguel, o grande protetor da humanidade, mas desta vez não será sua espada que levantará à luta, e sim a inteligência, a estratégia, a concessão, a discussão pela paz. Pois sua energia vibrará para que possamos nos ver em paz nos conflitos.

Nas energias dos Orixás, 2011 será regido pela energia feminina, em especial a Orixá Oxum, dona do ouro, da fartura, do amor, da riqueza e da fertilidade.

Em resumo, este ano tende a ser um ano mais calmo, onde a diplomacia, a eloqüência, saber usar a inteligência e as palavras serão a habilidades exigidas para termos um bom ano. Toda esta regência caminha em uma só direção: a do desenvolvimento do ser humano e a sua evolução, portanto, o trabalho, a austeridade, o direcionamento, a retidão, também serão exigidas. Não há mais porque sermos "meio" bons, "meio" honestos, "meio" sinceros. Temos que "escolher" sermos melhores e evoluirmos.

O Lápis Lázuli, rocha metamórfica, vem como um bálsamo neste período, onde poderemos abrir nossa consciência para ver os objetivos espirituais que estão por tras deste momento da humanidade. Ele nos ajuda a entender, a discernir, a aprender sobre o momento em que estamos vivendo.

Uma pedra sagrada, utilizada por muitos povos antes de nós, sempre com objetivos espirituais elevados, como conexão e visão sob um olhar espiritual da realidade aqui na Terra.

No aspecto físico, pode agir como uma pedra calmante, ansiolítica, promovendo o relaxamento e induzindo ao sono tranqüilo. Ajuda de forma vibracional a reforçar o sistema imunológico do organismo. Auxiliar no tratamento de afecções de pele, acnes, eczemas e urticárias. Age beneficamente sobre as disfunções hormonais e também sobre a frigidez. Atua sobre o metabolismo, favorecendo a perda de massa..

No aspecto emocional, movimenta o universo interior sempre em busca de seus desígnios maiores, ao sentido da vida, ou ao que veio nesta encarnação. Proporciona o reencontro e a religação consigo mesmo. É capaz de abrandar e solucionar estados emocionais de conflitos interiores. Promove a auto aceitação e a auto estima. Faz com que possamos nos sentir acolhidos pelo universo, e forte o suficiente para enfrentarmos o que vier pela frente. Favorece a força da alma, em sentido elevado, sobre a mente. Auxilia nos processos de cura de somatizações, pois ela faz com que a pessoa possa compreender o "porquê" da doença, e o que vai fazer por si mesmo para se curar, com sabedoria e muita, muita proteção espiritual.

No aspecto mental é capaz de abrir a visão positiva de nossas virtudes. Promove a abertura mental ao plano da sabedoria superior. Faz abertura do discernimento e da absorção de novos conhecimentos. Abre a mente para o novo, o mais belo, o mais artístico, o mais inspirado, enfim, todas as conexões positivas da alma com o refinamento intelectual e espiritual. Esta pedra é capaz de fazer a abordagem de sua energia de forma natural, sem choques, inspirando a mente aos mais nobres e elevados conceitos de sua alma. Favorece a concentração, induz ao estado meditativo e à profundidade interior. Boa conselheira nos casos de tomadas de decisões ou posicionamentos firmes em casos delicados.

No aspecto espiritual ela promove a contemplação da espiritualidade. Possui uma propriedade especial que é a de purificação, não só do corpo físico, como também dos corpos sutis. Esta purificação é no sentido de elevação da alma e de realinhamento energético. Sua ação protetora é bastante forte. Assim como a abertura que promove, para o entendimento na matéria, do mundo espiritual.

Enfim, podemos entender que o caminho sempre será pelo autoconhecimento e pelo entendimento da alma e do seu coração, adaptando o nosso "ser" à mudança do padrão vibracional universal. A energia universal vem caminhando nesta direção há 20 anos, pois em 2012 estará a nossa porta a abertura da Era de Aquário, uma nova consciência participativa da iluminação, da transformação da consciência individual para obtermos a elevação espiritual, para a qual o processo de adaptação não existe um "remédio", mas sim uma atitude de mudança interior.

Escolha evoluir, iluminar-se, crescer, junto com o Universo!

(autor desconhecido)