20/09/2010

NOVO TEMPO DE INEXISTÊNCIA DO TEMPO

Após meses de ausência da escrita
Ouço novamente o falar do universo
Presente na alma que ora grita
Desenhando novamente cada verso

Comunicação de vida urgente
Falando do amor mais puro
Insisto na transcendência da mente
Falando do agora, não do futuro

É mais testemunho do que poesia
É mais realidade que fantasia
É mais evidência do que anestesia
É mais amor puro que não sacia

Após tantas mudanças vividas
Como acontece na vida humana
Diante de vidas entretenidas
Pulsões para além da membrana

Este impulso natural do existir
É a força da vida que acontece
Levando até mesmo a insistir
Desde a manhã até quando anoitece

Nada mais é tão indispensável
Que o ser em seu cenário
Pois tudo o mais é descartável
Valorize o simples, o necessário

Entre tantas belas maravilhas
Está o homem em seu desafio
Mesmo vivendo como ilhas
Em cada ser está o pavio

Que leva para a plenitude
Que abre os portais
Que cambia a atitude
Que constrói os canais

E que acima de tudo
Em cada perspectiva
Está o ser e sobretudo
Está a vida tão ativa

Daí a criação do tempo
Tentativa de medir a vida
Para controle de cada intento
Segregando a criação agora ferida

O tempo se afigura como prisão
Como caminho a ser percorrido
É também remédio do coração
E cenário do destino percorrido

Cerceia a total liberdade
Do coração livre se expresssar
Interfere até mesmo na verdade
E na emoção do amor sem cessar

O novo tempo de inexistência
É uma espécie de percepção
Da vida em melhor evidência
Da clareza do nosso coração

E o amor assim se manifesta
Num mais simples compartilhar
Não é necessário qualquer festa
Pode ocorrer em qualquer lugar

Sendo o amor um estado de ser
Realidade vivida internamente
Não carece de nada, é só permanecer
Em estado para além da mente

Assim ocorre uma linda mudança
Pois a pressão do tempo desaparece
E o ser acontece em cada dança
De toda música que acontece!

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