13/01/2009

VEREADOR DIZ QUE POPULAÇÃO NÃO QUER FIM DE REGALIAS

Vereador diz que população não quer fim de regalias
(artigo enviado em 06/01/2009 para a Tribuna de Minas, Juiz de Fora/MG)

A reação do vereador Noraldino Júnior (PSC) é típico exemplo da resistência que o Poder Legislativo exercerá na defesa de seus privilégios. ´

Sim, privilégios pois receber valores extras, acima até mesmo do que preconiza a legislação trabalhista que, por sua vez, norteia a produção da riqueza efetivada pelo conjunto da população que financia o Poder Público, do qual a Câmara de Vereadores de Juiz de Fora obviamente faz parte, é um claro ataque ao avanço da cidadania.

Ser cidadão é algo maior do que eleger e ser eleito, do pagar impostos e defender o patrimônio público.

Ser cidadão é lutar pela implantação de padrões de relacionamento entre os cidadãos e, acima de tudo, do Poder Público com os cidadãos, que privilegie a Ética, o bom senso, a realidade social e econômica da população, da transparência e da moralidade.

É impensável resistir a esta proposta que visa ampliar a nitidez ideológica de partidos e políticos eleitos para fiscalizar o Poder Executivo e criar novos parâmetros legais para o aperfeiçoamento da vida coletiva em nossa cidade.

Sim, a Câmara de Juiz de Fora e a classe política como um todo está devendo à população brasileira mais qualidade em suas ações e menos custos aos cofres públicos.

Deveria ser retomada a compreensão de que é privilégio ser escolhido ser um vereador, ser um representante da sociedade da esfera de poder.

Tal distinção deveria ser consequência do trabalho que o munícipe escolhido realizou pelo coletivo de sua cidade e região. É o reconhecimento da sociedade pela suas ações em prol da melhoria da comunidade. É valorização do voto enquanto instância celular da democracia. É o resgate da noção de legitimidade de lideranças na condução dos destinos da sociedade.

Sim, senhores vereadores eleitos e reeleitos, é de interesse da sociedade sim a revisão de práticas, previstas ou na constituição. A legitimidade, a ética e a moralidade não precisam estar previstas em lei para serem observadas e serem adotadas como referência para avanços e conquistas sociais.

Infeliz do país que necessita do Estatuto da Criança e do Adolescente, do Lei do Idoso, das mulheres grávidas, ..., pois é lamentável a necessidade de leis que nos obriguem a sermos mais humanos em nossa convivência.

É por sermos humanos que devemos transformar as leis e transcendê-las, sob à luz da ética.

Senhores vereadores, aproveitem a oportunidade para se desprenderem do cargo e dos privilégios, pois o exemplo de município Bom Jesus do Itabapoana é um claro recado de bom senso e cidadania.

Devido ao baixo nível do candidato, de um total de 26.863 eleitores que compareceram às urnas, 20.821 eleitores conscientes decidiram anular o seu voto ...

Assim, senhores vereadores, cuidado, pois, nós, eleitores, estamos aprendendo, bem aos poucos, é verdade, mas aprendendo a monitorar, a valorizar, a conhecer e a avaliar o vosso desempenho.

Juiz de Fora pode se transformar em mais um ótimo exemplo de cidadania.

Portanto, observem bem suas idéias, certifiquem-se bem de elas estão ou não em sintonia com a vontade popular, pois vocês são apenas representantes temporários da vontade popular.

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